Li em algum lado, já não me recordo bem onde, que a vida é o que fazemos, desde que acordamos até que nos deitamos, então temos de fazer com que valha a pena.
Quando as pessoas partem não se limitam a ir embora, levam um bocado de nós também e é por tudo isso que sinto a tua falta.
Quero ver-te, quero sempre e não quero pouco. Quero ver-te nos momentos em que mesmo antes de caíres no sono a tua respiração se torna lenta e os teus suspiros passam a sussurros. Quero ver-te a acordar ao meu lado, a acariciar a minha cara e a beijar-me com o maior cuidado, meio com sono mas entregue ao desejo de quem acorda sereno por ter o amor ao lado.
Dizer que te escolhi como homem da minha vida até se torna uma desvalorização para aquilo que és, para aquilo que o destino me trouxe. Trouxe-te no meio de centenas de quilómetros, no meio de feitios tão iguais, visões de vida que se foram encaixando com os anos. No meio de birras de adolescência ridículas que me levaram a crescer ao teu lado.
Nunca te prometi que iria ser perfeita, isso nunca me poderia ser cobrado. Mas, o meu coração, prometeu a cada beijo amar-te em cada segundo que eu conseguisse respirar. E isso eu fiz. Ninguém pode cobrar.
Amei cada virtude, cada defeito teu, cada vitória juntos ou separados. Amei-te quando as lágrimas me caíam pelo rosto de arrependimento por muitos momentos, amei-te em todas as lágrimas que consegui chorar e em todas as que o meu corpo já não suportava cair.
O coração chora, aprendi isso contigo, aprendi isso a cada vez que desististe de mim, e até nesse momento ele te estava a amar.
Amei-te com carinho, amei-te com coragem de quem ouve um não e encontra paz na espera. Não te amei desde o primeiro dia em que falamos, mas fui-me apaixonando em cada abraço que me transformava em formiga. Quero só dizer-te que foste o amor da minha vida e que as memórias são a maior tortura de quem fica quando alguém parte.
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